Rancho escondido no mato na dobra do descampado
E o chinaredo grudado, o mesmo que carrapato
A cordeona que gagueja numa vanerita pampa
E o pulguedo a meia guampa rezando culto de igreja.
China com flor do vestido, como bandeira de guerra
E o cheiro doce da terra subindo do chão batido
Xirua boleia a anca num meio trote chasqueiro
E a fumaça do candieiro como baba de potranca.
O chamamé e a milonga, o vaneirão marca touro
Tirando notas de choro da velha gaita bailonga
E dizer que esta beleza que todo esse quadro vivo
Pertence ao museu nativo da nossa velha pureza.
Mataram nas madrugadas do cenário gauchesco
E o sarau carnavalesco contempla as tiangas peladas
E o reino das salomés nos tempos estilizados
Entre travestis e veados, as tangas e os top-less
Ali ninguém acha feio a moda que evoluciona
O gaiteiro e a sinhá dona floreando o bico do seio
E a tendência do “society” num devaneio me alongo
Prefiro mais os bailongos nas barrancas do uruguai.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
bordel; onde fica o chinaredo
Parasita que agarra-se ao couro dos animais, para sugalos.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Andadura moderada dos eguariços.
Quem leva o chasque (estafeta).