Gaúcho da Fronteira, Venerando R. Flores e Luiz Carlos Borges
Eu que moro nesta pampa de onde nasci e me criei
Conheço João Ventania, nem sabe que existe lei –
Sabe noticias do povo por que os outros vão por lá
Ele só sabe um bolicho na serra do Caverá.
Sabe rezar benzedura porque viu outros rezar
Remédio nunca tomou, de vez em quando alum chá
Sete sangria e marcela e pra tosse o garupa
Deita junto com as galinhas, levanta ao galo cantar.
Pelo tranco do cavalo
Pelo jeito do chapéu
Lá vem o João Ventania
Que mora em baixo do céu.
Corta lenha, arrasta água, traz as vacas pra orientar
Pois antes de o sol sair tem que pegar a camperiar
Depois que para o rodeio já passa o gado de vez
Ma falta o terneiro pampa dessa vaca charoles.
Nesse ritual de campeiro assim é seu dia a dia
Conheci já era velho falando João Ventania
Ninguém manda fazer nada e não ser algum favor
Quando lhe fala o patrão sim senhor e não senhor.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Vila, distrito.
Pequena bodega.
Anca.
Andadura lenta dos eguariços.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.