Rompe a vida pelo bico de um "galito" em clarinada
A sogueira madrugada volteia a tropa dos astros...
Quando lavam-se as caúnas e enlobunam-se os braseiros
A lida estriva os campeiros pra seguir batendo cascos!
Centauros em fletes buenos bebem o sereno da aurora
Guizos de laços e esporas sonorizam invernadas...
Singrando campos dobrados entronados nos "recaus"
De longe, parecem naus, formando "gauchas" esquadras
O tranco largo das horas atora o dia no meio...
Com pingos mordendo freios e as bocas secas por mate!
Pra estância marcham papeando, pauseando a campereada
Depois da bóia, a sesteada! e a vida volta ao embate
Com a sombra seguindo a bota sobre a escolta de ovelheiros
Alçam a perna os campeiros que á tarde tem mais labuta
Aparte, banho, "bichera", ovelha e vaca parindo
Arame quase caindo! na certa tem reculuta!
Quando o sol completa a via e o dia fecha o rodeio
Homens, cachorros e arreios retornam aos galpão das casas,
A alma volta aos tições dos galpões chimarroneiros
E acordes chamameceiros carregam coplas nas asas
A noite emponcha as "cunheras" e as estrelas descem ao campo
Plasmadas nos pirilampos, nos olhos dos animais
Vêm sarandear nos luzeiros dos candeeiros pacholas,
Vêm descansar nas esporas que guardam a dor dos baguais.
Coletivo de militares e de bovinos.
Orvalho.
Andadura lenta dos eguariços.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Conjunto da encilha.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Bailar em voltas à frente do par.