Granfina
o que pensas que tu és
esnobe
esnobe da cabeça aos pés
granfina
que injusta pretensão
És igual a outra qualquer
tu não és melhor mulher
da outra que lava o chão
tu não pensas que o teu sangue
só por ser de gente nobre
É diferente da pobre
que lava o chão e a vidraça
granfina a tua arrogância
provocou os versos meus
neste mundo de um só deus
preconceito é uma desgraça
granfina olhe este poeta
também tem notas de mil
nem por isso sou hostil
com o pobre meu irmão
granfina este teu orgulho
que te faz tão imponente
não te acho diferente
da mulher que lava o chão
granfina já foste minha
sem roupa sem maquiagem
vi em ti a mesma imagem
da mulher que lava o chão
só o orgulho e o esnobismo
e a diferença social
este é teu grande mal
granfina sem coração
a mulher que lava o chão
a vidraça e lava a louça
assim eu quero uma moça
para dar minha riqueza
como tudo acontece
se pobre um dia ficar
ela não vai estranhar
pois já viveu na pobreza.
fim.