Nunca vi burro domado nem gaudério apaixonado
Pois o burro se acostuma e o gaudério se anseia
Por isso quando chego perto de uma filha alheia
Não falta alguém que grite óia o cachorro nas ovêia
Com o instinto do touro alçado e os zóio do gato ladrão
Nunca fui apaixonado por evidente Razão
Tirando a gaita e o cavalo não sei nem varrer um galpão
Nasci, pra anda "enforquiado" e pra lidar com as devoção
Vivo solito com a sorte morando nos corredor
Se um dia me vier a morte me faça, amigo, um favor
Ma atirem na terra bruta deste meu chão colorado
E digam que e sepultura é de um gaudério desgraçado
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Só e isolado.