Nos bailes do boqueirão sem espora ninguém dança
E toda e qualquer lambança se decide no facão
Nos bailes do boqueirão de candeeiro de querozena
Gateada, ruiva e morena a gente amansa à tirão
Nos bailes do boqueirão com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho, e é proibido dar carão
Nos bailes do boqueirão não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta só que aparte de facão.
Nos bailes do boqueirão nunca se muda de rima
O mais fraco vi por cima e o mais forte anda no chão
Nos bailes do boqueirão ninguém é dono da china
E o causo sempre termina num sururu de facão.
Nos bailes do boqueirão quando o candeeiro termina
Apenas o olhar da china serve de iluminação
Nos bailes do boqueirão sempre que dá um tempo feio
Um talho de palmo e meio é menor que um beliscão.
Intriga, embrulhada, enredo.
Golpe brusco e repentino.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Conto, estória.
Ferimento produzido por objeto cortante.
Medida do sistema sexagesimal: sendo linear é de 22 cm.; sendo superficial é de “22 cm X uma légua (6.600m) = 1.452m2”.