Um rancho de copiar na baiuca um cata-vento
Uma china a me espera no portão do parapeito
No rincão da timbauva la no rincão das palmeira
Pouco pra lá de uma curva a légua da carreteira.
Ali mora esta cantor de alma guapa e teatina
Na volta do corredor onde diz Santa Cecília.
Ali que a siriema canta sobre o capão de pau ferro
Ali que a indiada levanta pra receber um forasteiro
Quem quiser nos visitar vai comprovar esta verdade
Quem onde mora um gaúcho existe hospitalidade.
Ali é sua casa amigo naquele humilde ranchito
Venha chimarrear comigo, venha e pegue-lhe o grito.
O cozinheiro é o Clarindo, é o cacique das panela
O Mário é o tratorista, índio que lida com a terra;
Seu João é o peão diarista só não lida com a sela
Mas isto deixa comigo pro que me dou bem com ela.
O Ordones é do arreio, índio da lida campeira
Sabe se tem algo errado só no chegar na porteira.
O Salvio é o aramador que sabe socar um palanque
E eu que sou o cantor levo o rio grande por diante
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Lugar isolado em fundo de campo.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).
Medida do sistema sexagesimal.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.