INFORMAÇÕES DA MÚSICA

De Vanera pra Vanera

Chiquito e Bordoneio

CD 16 Grandes Sucessos (2003)

Grosiei os cascos do melhor pingo da estância
Botei encilha e montei nesse ventena
Num trote largo desses de engolir distâncias
Sai na ânsia de rever minha morena

Todo motivo de campear essa gaúcha
Foi na vanera que dançamos bem juntinhos
Lá na Tia Nena eu apertava a morena
E ela sem pena me judiava de carinhos

Quando escuto o som da gaita galponeira
Me faz lembrar do surungo da Tia Nena
O gaiteiro sapecando uma vanera
E eu dançando agarradinho com a morena

Morena linda como essa não se iguala
Naquela noite nunca mais dancei com ela
Levo à cabresto esta saudade baguala
Pois no meu pala ainda sinto o cheiro dela

Tua lembrança me dá suspiro profundo
Tirou a calma da minha alma tão serena
Faz um bom tempo que não entro num surungo
Não tenho mundo distante dessa morena

Por mais que ande não adoço minhas penas
Gastei o mango e a roseta das esporas
Pergunto a todos onde está minha morena
Nem Tia Nena me responde onde ela mora

Mas se um dia a morena aparecer
Arrasto ela pra dançar a noite inteira
Faço a morena no meu ombro adormecer
E reviver aquele sonho na vanera

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PINGO

Afetivo de cavalo de estimação.

ENCILHA

São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.

TROTE

Andadura moderada dos eguariços.

CAMPEAR

Procurar ou buscar no campo.

SURUNGO

Baile de baixa categoria.

CABRESTO

Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).

PALA

Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).

MANGO

Espécie de açoite.

ROSETA

Peça circular (dentada ou pontiaguda) da espora.