Nossa senhora sulina,
Protetora dos ginetes,
De todos aqueles que no dia-a-dia,
Se alimentam do perigo,
Que sobrevivem da espora,
De um tento sovado e da crina,
E desta coragem ferida,
De ginetear aporreado,
Que o talhador do campeiro,
Seja pra todo o rosário,
O galpão, o santuário,
O fogo de chão, nossa imagem,
Passado, presente, futuro,
Porque foi assim deste jeito,
Que o nosso rio grande foi feito,
Com fé em deus e coragem,
Que o s das adagas cravados no chão,
Nos sirva de cruz,
Que o bado dos sinserros,
Seja o sino da capela,
Que a espora cantadeira,
Cantem milongas de paz,
No garrão de quem as traz,
Andando sempre com ela,
Protege todo este povo,
Os de apé e de a cavalo,
Aqueles que laçam e que pialam,
Do sacalaço porteiro,
Cavalhada, gadaria, tudo que vem do campo,
Em nome do pai, do filho, do Espírito Santo,
Rogai por nós, Ave Maria.