Levando o vento no peito pelo pampa onde andei
Alargando os horizontes que eu mesmo redesenhei
E os mapas que risquei a lança e ponta de adaga
Estão nas folhas dos livros que a memória não apaga
(Um dia deixei o campo porque o campo me deixou
No pasto perdi o rastro que o vento norte apagou
Horador dos corredores deixei prá trás horizontes
Herdei a fome das vilas e a quincha nua das fontes)
Um dia volto à querência para cortar sesmarias
E o novo canto da terra cantarei nas pulperias
Desgarrados, bóia-frias encontrarão nova trilha
E os direitos sonegados virão a sobre partilha
Um dia deixei o campo porque o campo me deixou
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.