Meu Rio Grande de bota e bombacha
Tilintar de espora e chapéu bem tapeado
Relinchos de potro da lida campeira
Do grito do peão e do berro do gado
Traz na seiva do verde do mate
A estampa nativa de cor magistral
É um jujo buenacho brotando da erva
Curando as feridas desse chão bagual
(Som de gaita, violão e pandeiro.
Pra todos baileros deste meu rincão
Ecoa bem forte nessa botoneira
Carcando vaneira nesse balanção)
Se ouve vozes pelo continente
Cantigas terrunhas de união e fé
É o gaúcho guerreiro num clamor pampeano
Armando trincheiras e trancando o pé
É o Rio Grande meu pago gaúcho
Essência campeira deste meu Brasil
Minha pátria xucra, vertente nativa
Meu chão de bombacha, país varonil
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Muito bom.
Lugar isolado em fundo de campo.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar em que se nasce, de origem
Lugar de onde verte água.