Me criei solto das pata na minha vida terrena
E eu digo pro mundo inteiro que eu cresci louco e pavena
Não é meu amigo Luiz Lorenço Notarjacomo?
Da legendária da Bossoroca, um abraço, Taura Véio
Pra quem não sabe, quer saber da onde eu venho
Com essa cantiga de gaudério e fandangueiro
Eu faço parte do Rio Grande abagualado
Marco de pampa do meu torrão missioneiro
Meu canto é o cheiro do borralho das estâncias
Couro curtido do picumã de galpões
Meu canto é xucro, tem história e tem respeito
Marca e sinal do santo chão das missões
Meu canto é xucro, tem história e tem respeito
Marca e sinal do santo chão das missões
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Lá no meu pago tem fandango de respeito
E os bagaceira ficam do lado de fora
É proibido bailar com o mango na faca
Pala no ombro de aparar as gatas de espora
Também não pode cinchar a prenda pelo meio
Se golpear forte arrebenta o espinhaço
E a gauchada toma conta do fandango
Tomando canha e guspindo de laçaço
E a gauchada toma conta do fandango
Tomando canha e guspindo de laçaço
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Na minha terra tem baile de chão batido
E é proibido dançar meio debochado
O dono da casa para o fandango na hora
Tira pra fora se alguém dançar apertado
Num canto, um bugre canta uma coisa de louco
Uma oito soco chora de goela rasgada
Enquanto eu danço com o meu lenço meia espalda
Tirando as balda de uma chinoca aporreada
Enquanto eu danço com o meu lenço meia espalda
Tirando as balda de uma chinoca aporreada
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Bombeando bem, vai me encontrar pelos canto
Meio enredado nas gadeias de uma tonta
Não tenho culpa de nascer louco e pavena
Só quadro o corpo se o mundo virar de ponta
Vivente que se pode recomendar.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Lugar em que se nasce, de origem
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Espécie de açoite.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Mânha.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.