José de Barros de Vasconcellos e Marco Aurélio Vasconcellos
De pelo picasso, felpudo, listado
De passo miúdo e rabo virado
Lá vai Dom Zorrilho, no campo, fuçando
Comendo formigas, pulando, pulando
Nunca lhe barrem o caminho
Que sua defesa é muy mal cheirosa
A irritação do bichinho
Não tem o perfume, do cravo ou da rosa
Um jato certeiro jogado a capricho
Nos olhos da gente apaga a visão
Não há quem aguente o ataque do bicho
Até o cachorro se rola no chão
Tal qual o nosso zorrilho
Há gente com listas de pelo enganoso
Que iludem a gente com seu falso brilho
Mas tem o cheiro do bicho famoso
Por isso cuidado! não cheguem muy perto
Que o cheiro exalado, será descoberto
Entre o homem e o bicho não há diferença
Apenas o esguicho acusa a presença