Uma vez fui na cidade na maldita perdição
Lá perdi meu pala véio que me doeu no coração
Quando voltei da cidade vinha com dor na cabeça
Cheguei fazendo promessa Deus permita que apareça
Encontrei chirú no posto e não deixei de maliciar
Que ele achou meu pala véio e não queria me entregar
Fui dar parte ao comissário ficou pra segunda-feira
Me levaram na conversa e se foi a semana inteira
Veja as coisas como são como se forma a lambança
Que pelo mal dos pecados era o forro das crianças
Com este meu pala rasgado passava Campos e rios
Com este meu palinha véio não temo chuva e nem frio
Informem nas vizinhanças este triste sucedido
Quem tiver meu pala véio que prendam este bandido
Neste mundo todos morrem da morte ninguém atalha
Me entregue meu pala véio pra mim levar de mortalha