Quando cai a tarde aqui no meu pago
Dá gosto de ver toda a natureza
Cantando belezas no entardecer
O sol repontando o dia
Profundo da sesmaria
Anda alçado pelos campos
Sorrateiro sem alarde
No luscofusco da tarde
Vem repontar pirilampos
Por entre as nuvens a lua
Vem se achegando xirua
Pra ver se o sol se escondeu
E vem acendendo estrelas
E brilham igual ponte-suelas
Dependuradas no céu
Quando cai a tarde aqui no meu pago
Dá gosto de ver toda a natureza
Cantando belezas no entardecer
Os grilos com suas guitarras
Fazem dormir as cigarras
Numa canção de ninar
A passarada se agita
E a tarde se faz bonita
Pra ver a noite chegar
Quando cai a tarde aqui no meu pago
Dá gosto de ver toda a natureza
Cantando belezas no entardecer
Enquanto o pingo tropeia
Meu pensamento volteia
Sismando com coisas buenas
O por de sol colorado
E a sinfonia do gado
Bebendo céu nas lagos
Lá no rancho a companheira
Fica mirando a porteira
Se o quero-quer gritar
Pois sabe que é o fim da tarde
Sempre que aumenta esse alarde
Eu não demoro a chegar
Afetivo de cavalo de estimação.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.