Andaram dizendo que viram o bugio meio louco no mato
De olho vidrado, pra lá e pra cá,...maluco de fato
Pêlo arrepiado, falando bobagem, sem eira nem beira
De cola erguida, por causa dum cheiro vindo da fronteira
O bicho que era bem calmo e tranqüilo, virou caborteiro
Se esquece da vida , de galho em galho, ronca o dia inteiro
Batendo no peito, gritando bem alto, sou o rei desta terra
Meio alucinado por causa dum fumo vindo lá da serra
Anda meio zonzo, babando no bucho, num cai e levanta
Por causa da água marvada que ele bebeu na bailanta
Ora! que bobagem!, o velho bugio continua igual
Isso tudo é mentira, o velho bugio continua bagual!
E o bugio cheirava pó, ó, ó
O pó da estrada!
E o bugio fumava um, um, um
Fumo em rama
E o bugio tomava toda
Água da sanga!