No ronco da cordiona galponeira
Me atraco nos sugungos do rincão
Convido uma percanta dançadeira
E saio feito um potro redomão.
Sou xucro, mas depois de alguma canha
De mansito pro meio do entrevero
Sou taura e trago a marca da campanha
Indio flro de fandangueiro.
// "Bamo" que "bamo" que a bailanta é bem campeira
Gaiteiro bueno e o surungo tá formado
Eu me desmancho num balanço de vanera
Ou vou num tranco de um xote afigurado. //
Cada marca eu vou firmando mais um passo
O compasso do gaiteiro me provoca
Pra bailar com a loirinha a noite inteira
Na vanera eu levo essa chinoca.
Assim esqueço a lida da querência
Dos corcóveos de um aporreado
Me orgulho dessa pura essência
Deste meu pago sagrado.
// "Bamo" que "bamo" que a bailanta é bem campeira
Gaiteiro bueno e o surungo tá formado
Eu me desmancho num balanço de vanera
Ou vou num tranco de um xote afigurado. //