Flavio Mattes
Quando eu morrer parece que eu estou vendo
Minhas canções tocando a toda hora
E a imprensa na minha porta batendo
Incomodando a viúva, minha senhora.
Ai, então serei manchete de jornais
Falando em mim no brasil de sul a norte
Você vão ver em quase todos os canais
Anunciando e comentando a minha morte
E muita gente que nunca tocou meu disco
Irá toca para me render homenagem
Já ser atarde não vou mais precisar disso
Só servirá pra alguém tira vantagem.
No meu enterro quer muita cantoria
E do meu povo uma grade salva de palma
Não quero choro, quero bastante alegria
Que ira fazer muito bem pra minha alma.
Depois de morto não preciso de sucesso
E nem espaço em radio e televisão
Aos radialista neste momento eu peço
Somente os vivos precisam de divulgação.
Em meu lugar rodem quem tá começando
E que precisam de uma oportunidade
É perder tempo continuar me divulgando
Me badalando quando eu me chamar saudade.
Deixo um pedido aos amigos verdadeiros
Que estiveram sempre pertinho de mim
Pra que não deixem os falsos traiçoeiros
Se aproveitarem quando chegar o meu fim.
E já na campa que um dia eu repousar
Onde será minha morada derradeira
Quero que escrevam em minha cruz como lembrança
Aqui descansa o filho de mãe solteira.