Este mate amargo que eu cevei nesta viola
Aprendi na escola do galpão,
Onde o peão mais velho ensinava a gurizada
Todo o ritual do chimarrão.
Pra cevar um mate chimarrão bem a contento
O grande momento é principiar.
Encharca bem a erva com a água meio esperta
E atira para o lado de montar.
Bomba pura prata cinzelada com capricho
Onde escurrupicho até roncar.
Esse mate amargo que adoça minhas penas
Foi quem me ensinou a madrugar.
Por isso ainda cevo um mate amargo a meu contento
Em todo momento que comungo num galpão.
Cada gole verde dessa erva missioneira
Me enraíza mais por este chão.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.