Composição de Espedito Abrahão / Maicon Bueno
Subo no palco como quem monta num potro, domo por gosto a madrugada e a cantiga
Quando o gaiteiro abre a gaita e mete tranco, faço limpar os bancos nos meus verso à moda antiga
Essa herança já passou de pai pra filho e tem estilo que foi forjado em galpão
Pois um campeiro nunca troca o atavismo pelo modismo dessa tal evolução
Eu sou campeiro e nunca vou mudar meu jeito
É meu direito ter no sangue a tradição
Quando abro o peito faço a sala balançar
No meu cantar que mostra a raça deste chão
Estas noitadas vão me dando experiência, cruzei querências pros fandangos animar
A este ofício trago dupla gratidão, pois aviva a tradição e dá sustento pros meus piá
Esta é a vida de um campeiro de alegria nos olhares das gurias eu renovo a inspiração
Pois quando o sol vem dar bom dia pra fuzarca bato na marca e vou cantar noutro rincão
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Farra licenciosa.
Lugar isolado em fundo de campo.