Parceiro
Parmeia o laço
Que eu vou pegar o buçal
Vamos encurtar a tarde
Repassando esse bagual
Procura laçar de encontro
E cuida pra não puxar mal
Enquanto eu trago os arreios
Tu pega e bota o bocal
Passa o maneador nas patas
Mete a maneia nas mãos
Dá uma arrepiada no pelo
Depois estende o xergão
Olha este pingo que eu monto
Mais lindo que um regalo
Vou te dizer cantando
Como se faz um cavalo
Meu companheiro abre a perna
Se o potro quiser virar
Matungo que corcoveia
Não dá pra facilitar
Emparelhe bem as rédeas
Tira o corpo pra trás
Depois de dobrar o pescoço
Não precisa puxar mais
Se for ginetear de espora
Meu rancho muda de quincha
Esporeia na paleta
Pra não se enredar na cincha
O apero tem que ser bueno
Pra aquentar o tirão
Se acaso rodar correndo
Sai com o cabresto na mão
Sempre procurando a volta
Esta é a receita do peão
É bom de rédea
É bom de pealo
Manda abrir cancha
Porque eu fiz este cavalo
É bom de rédea
É bom de pealo
Manda abrir cancha
Porque eu fiz este cavalo
Já no segundo galope
Procure ajeitar o toso
Passe o maneador nas patas
Pra não ficar cosquilhoso
Se cortar de espora e relho
Isto é muito natural
Lave com água e sabão
E atira um pouco de sal
Na terceira ou quarta sova
O bagual tem que recuar
Puxe bem ele debaixo
Não deixe se manotear
Não esqueça da maneia
Se tiver que derrubar
Amanse o pingo de soga
Pra depois enfrenar
Comece alisando o toso
E tá na hora de montar
É bom de rédea
É bom de pealo
Manda abrir cancha
Porque eu fiz este cavalo
É bom de rédea
É bom de pealo
Manda abrir cancha
Porque eu fiz este cavalo
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Afetivo de cavalo de estimação.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro