Quando a sina lá de fora
Campo a fora perde seu rumo
A dor inventa um luzeiro
E acende seu próprio mundo
Um potro manso
Preguiço e uma mala
Ganhando a garupa
O silêncio tirando um costado
E um vento que nele se amunta
Sou de casa meu compadre
E além do mais
Sou cantador
As cercas que eu ando
Amourando são as causas
Do meu desamor
Dia desses
Dou de rédeas
E de sonhos
Me emborracho
Vou ser por mim
Só por mim
Ventania
Talvez por sorte
Um peacho
Sou de casa meu compadre
E além do mais
Sou cantador
As cercas que eu ando
Amourando são as causas
Do meu desamor
Sou de casa meu compadre
E além do mais
Sou cantador
As cercas que eu ando
Amourando são as causas
Do meu desamor
Vou juntar na mangueira
Cada sonho guaxo que ainda não marquei
Vou luzir na aurora um clarão
De espora que nunca paguei
Vou voltar pro rancho
Pendurar o poncho
E refazer a lida
Vou cortar os ramos
Vou quinchar os anos
Que eu tenho de vida
Sou de casa meu compadre
E além do mais
Sou cantador
As cercas que eu ando
Amourando são as causas
Do meu desamor
Sou de casa meu compadre
E além do mais
Sou cantador
As cercas que eu ando
Amourando são as causas
Do meu desamor
Destino, sorte.
Estafeta que leva algo a outrem.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.