Hoje está fazendo um ano
Hoje está fazendo um ano que muito em pelos falei
Pois só agora eu lembrei por isto é que não me calo
Pois cantei de relancina e me olvidei da triste sina
Que hoje leva o cavalo
Por volta de 35, em meio às revoluções
Carregaste generais, coronéis e capitães
Caindo no campo aberto sem saber por quais razões
E o pingo pobre amigo
Que sempre me foi parceiro tem a morte mais brutal
Qual será o animal se é o cavalo ou carniceiro
Por certo não é gaúcho e só pensa no dinheiro
Senhores que fazem leis, me ouçam nesse momento
O relincho de um cavalo eu ouvi como um lamento
Nos bretes de um matadouro lhe tiram cola, crina e couro
Que tamanho desaforo, isto é mais que um sofrimento
Senhores que fazem leis
Desculpem a ignorância da boca de um campesino
Deixem potros viver livres, deixem potros vivem livres
E acabem com os assassinos
No repente.
Afetivo de cavalo de estimação.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Som vocal dos eqüinos.