No velho Caiboaté grande, tua crioula querência
Até os ventos da pampa choram triste tua ausência
Mas tu como um carreteiro não findou tua existência
De freio e pelego na mão ou num pai-de-fogo em galpão
Vive tua alma em essência
Meu verso faz reverencia ao saudoso poeta-doutor
Nas minhas primeiras rimas me inspirou por professor
Também batemos estribos nos setembros campo em flor
Ao lembrar me embarga a voz
Foi te encontrar Elvio Munhoz nos campos de nosso Senhor
Usava bombacha larga e um chapéu de metro e meio
Laçava de toda trança, pealava boi sem costeio
Usava botas de potro, pechava touro no meio
Riscava lombo com a espora
Sacando boi campo afora só na barbela do freio
Deixou teu pingo gateado e um laço de doze braças
Que enrodilhava graúdo quando cruzava na praça
Vinha espumando na anca da argola grande machaça
Luzindo vinha ponteando com o tarumã desfilando
Honrando o garbo da raça
“Amigo Gaspar Machado, meu chasque não tem floreio
Sou taura que calço a espora também sou homem do arreio
Peça a Deus patrão do céu e a São Pedro sem enleio
Que te ajuste no pago santo
Pra recorrer estes campos com o Negro do Pastoreio”
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Corrente que une as gâmbas do freio.
Afetivo de cavalo de estimação.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Carta ou bilhete.
Vivente que se pode recomendar.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Lugar em que se nasce, de origem