Num sebruno destreleiro
Eu me fui de pago em pago
(Com uma guampa de cachaça
E em cada sesteada um trago)
Mas o vento minuano
Batia as franjas do pala
(Fumo bueno e palha boa
E um charquesito na mala)
Quando a noite me tapava
Com o poncho da escuridão
(Vinha a lua repontando estrelas
Num sinuelo de clarão)
Em tropeada fui ponteiro
Vaqueano no corredor
(Meu sebruno sempre atento
Pra algum boi desparador)
Nas estâncias que passei
Domei muito e fui peão
(Carretiei, fiz alambrado
Fui bueno na marcação)
Mas a geada do tempo
Me vem branqueando os cabelos
(Hoje só resta lembrança
Na minha mala dos pessuelos)
Lugar em que se nasce, de origem
Breve dormida para descanso após o almoço.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Bom.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.