Entre os amores que eu tenho,
o pingo, a china e o pago
e esta guitarra que trago
das origens de onde venho
e o poncho, toldo cigano,
que balanceia nas ancas
do pingo gateado ruano
malacara, patas brancas...
no rancho sobre a coxilha
contemplando a várzea infinda
tenho a xirua mais linda
do que flor da maçanilha
deixo que a lua se estenda
e o mundo fica pequeno
enquanto bebo o sereno
nos lábios da minha prenda
nesta tropeada reiúna
a cãibra do freio é o norte
e apenas bendigo a sorte
que me deu tanta fortuna
É a sina dos cruzadores
andar caminhos sem fim
sou dono dos meus amores
só tu és dona de mim...