Geada chegando cedo cobrindo o varzedo e o peito vazio
Aperto o laço da ternura que me prende a china que um dia partiu
O campo de um verde tão lindo volteio meu pingo e saio a camperear
Vou rebentar a cancela e procurar por ela para me encontrar
(Preciso campear a flor que um dia perdi
Quero reencontrar a paz que um dia vivi
Preciso regar o amor que cedo murchou
Pois sem ti parceira já não sei quem sou
Pois sem ti parceira já não sei quem sou
Se resta um pouco de apego achego não vai faltar
Os pelegos são os mesmos estão a nos esperar
Se o rancho ainda está tapera com a primavera ele vai florir
De quincha a felicidade de esteio a vontade de não mais partir)
Estrada poeira e mas nada é longa a jornada pra quem vai sozinho
No céu o cruzeiro piscando é guia e luzeiro mostrando o caminho
O zaino fareja o pasto repisando o rastro curtido de ausências
Quem sabe em busca de carinho ela lembre do ninho e volte pra querência
De quincha a felicidade de esteio a vontade de não mais partir
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Afetivo de cavalo de estimação.
Procurar ou buscar no campo.
Amparo, encosto, auxílio, proteção
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Habitação abandonada e deserta.
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.