Campeando um rastro de glória
Venho sovado de pealo
Erguendo a poeira da história
Nas patas do meu cavalo
O índio, que vive em mim
Bate um tambor
No meu peito
O negro, também assim
Tempera e adoça
O meu jeito
Com laço e com boleadera
Com garrucha e com facão
Desenhei pátria e fronteira
Pago, querência e nação.
Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu construí
O meu rio grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar.
Sou a gaita corcoveando
Nas mãos do velho gaiteiro
Dizendo por onde ando
Que sou gaúcho e campeiro
Eu sou o moço que canta
O pago em cada canção
E traz na própria garganta
O eco do seu violão.
Sou o guri pêlo duro
Campeando o mundo de amor
E me vou rumo ao futuro
Tendo no peito um tambor.
Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu contruí
O meu rio grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri, vai achar.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Pistola de um tiro só e de carregar pela boca.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar em que se nasce, de origem
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Pelagem (cor dos pêlos) de animais.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)