A tropa vinha assombrada, caminhava e não deitou
Por volta da madrugada o segundo quarto pegou
Tava arrumando os arreio e um quero-quero gritou
E eu disse pros companheiro: a nossa tropa estourou.
Estava na ronda o Patrício, o Locario, o Lico e o Bentão
Também vinha o Chico Souza, o Maurante, o José e o Carlão
Vinha também o Djalma arrumando os redomão
E eu que era o capataz ia da tropa ao fogão.
Mas Deus andava na terra e estava junto comigo
E fui recorrer a invernada pra ver onde havia perigo
Olhar alguma sanga braba porque havia pressentido
Que a tropa ia correr e eu sempre fui precavido.
Pra isso estava chovendo e o capim estava molhada
No que saí vi um tropeiro de a pé e todo embarrado
Me disse ele: - E u rodei, meu cavalo esta quebrado
E os companheiros eu não sei de certo estão com gado.
Eu me encontrei com a tropa bem no meio da invernada
Quando escutei um rumor ele vinha arrematada
Dei-lhe uns tiro para cima abri bem forte a minha goela
E o Patrício velho vinha peleando no corpo dela.
A tropa quando se assombra na ronda sempre dispara
Quando o tropeiro se assusta grita ovo e salta clara
Não corra na ponta amigo que é um perigo, meu irmão
Se atire sobre o fiador e deixe que floche o garrão
Sobe a costa do Butui no coração do banhado
Bem no miolo do boi por ali que eu fui criado
Laçando maneando tropa faturando gado alçado
Largando rumo a Pelotas, Tupã, Rio Grande ou Rosário.
Coletivo de militares e de bovinos.
Ação de vigilância.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Pequeno córrego, bossoroca.