Letra: Anomar Danúbio Vieira
O Negro Juca me assuntou de um bate coxa
Lá no rancho das morocha', na costa do Cerro Chato
Eu tô folgado, ontonte, findei a esquila
E sei que as chinas da vila se gruda' igual carrapato
Soco as garra' no sogueiro e uma graxa na melena
Passo um fio nas minhas chilenas pra rasgar algum par de meia
Onde a gaita corcoveia, eu me apeio pacholento
E faço até meu testamento onde a gaita corcoveia
Onde a gaita corcoveia, até a morte é cosa' pouca
As crinuda' gavionando, pedindo um freio na boca
E sobra até pros refugo' se o gaiteiro é o Boia-Loca
E sobra até pros refugo' se o gaiteiro é o Boia-Loca
Tem café pra todo gosto
Não existe china feia
Beleza se vê apalpando
E se o isqueiro relampeia
E a gaita se debulhando
Que nem esterco de oveia'
Rancho barreado, Santa-Fé e chão batido
Nesse retouço esculpido entre Abrojo e Unha-de-Gato
Depois que tramela a porta, não entra nem lua cheia
E a gaita, então, corcoveia na costa do Cerro Chato
Depois que tramela a porta, não entra nem lua cheia
E a gaita, então, corcoveia na costa do Cerro Chato
Onde a gaita corcoveia, até a morte é cosa' pouca
As crinuda' gavionando, pedindo um freio na boca
E sobra até pros refugo' se o gaiteiro é o Boia-Loca
E sobra até pros refugo' se o gaiteiro é o Boia-Loca