Quando o galo dobra o canto
Um amargo santo já me faz fiador.
Quando o galo dobra o canto
Um amargo santo já me faz fiador.
Fico ruminando as penas
Das longas novenas de madrugador.
Fico ruminando as penas
Das longas novenas de madrugador.
Fecho um baio a meu contento,
Mas o pensamento faz divagações,
Fecho um baio a meu contento,
Mas o pensamento faz divagações,
Sai a rebanhar idílios
Para os estribilhos das minhas canções.
Sai a rebanhar idílios
Para os estribilhos das minhas canções.
Amanhã eu vou-me embora,
Um canto me libertou...
Amanhã eu vou-me embora,
Um canto me libertou...
Levo nas minhas esporas
O que o pago me ensinou.
Levo nas minhas esporas
O que o pago me ensinou.
Uma tropilha relincha
E o vento na quincha tirita de frio,
Uma tropilha relincha
E o vento na quincha tirita de frio,
Parecendo alma penada
Nesta madrugada cheia de arrepio,
Parecendo alma penada
Nesta madrugada cheia de arrepio.
Me contraponteia um grilo
Mas eu me aniquilo com esses funerais,
Me contraponteia um grilo
Mas eu me aniquilo com esses funerais,
Fico a defumar ausências,
Dessas penitências sentidas demais.
Fico a defumar ausências,
Dessas penitências sentidas demais.
Amanhã eu vou-me embora,
Um canto me libertou...
Amanhã eu vou-me embora,
Um canto me libertou...
Vou semeando estrada afora
O que o pago me ensinou,
Vou semeando estrada afora
O que o pago me ensinou.
Amanhã eu vou-me embora,
Por que já disse que vou...
Amanhã eu vou-me embora,
Por que já disse que vou...
Amanhã eu vou-me embora,
Por que já disse que vou...