Elizeu Vargas "Capim"
É na vaneira que eu vou pra sala
E sapateio na madrugada
Sou da fronteira, nasci campeiro
Sou bom de dança, sou fandangueiro
Esta vaneira tem o jeitão dessa terra
Tem a ginga da morena nas manhãs de primavera
Eu sou o canto da seriema
Nos dias quentes do meu estado
Eu sou a noite de lua cheia
Eu sou o estouro xucro do gado
Esta vaneira tem o jeitão dessa terra
Tem a ginga da morena nas manhãs de primavera
Eu sou o berro do boi brasino
Eu sou o tronco lá da mangueira
Eu sou o canto do galo índio
Eu sou gaúcho a vida inteira
Esta vaneira tem o jeitão dessa terra
Tem a ginga da morena nas manhãs de primavera
Dispersão de tropa em todas as direções.
Selvagem.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.