Narração: alô, alô moçada de todas
As querências
Que nossa senhora nos proteja
Que está começando a festa...
Do gaúcho de chapéu grande, bombacha
Bota e espora
Onde tem prenda bonita, que o peão se
Apaixona e chora...
O rodeiro começou
Vem gente de todo lado
Eu também estou no meio
Sou gaúcho apaixonado
A balda não é defeito
E eu fico de prontidão
Quando me falam de festa
Que tenha cheiro de chão
Me convide pra um rodeio
Quem quiser me ver feliz
Viver rodeado de prendas
É tudo o que sempre quiz
No corcóveio de uma ventana
Sou igual um carrapato
Quando o bicho arqueia o lombo
Corre a espora no sovaco
Mas na doma da paixão
Eu lido com muito jeito
Falo baixinho e bonito
Roçando a maçã no peito
Narração: tem três coisas no mundo
Que homem nenhum deve fazer,
Inticar com mulher casada, comprar
Cavalo sem conhecer
Dançar até de madrugada no baile dos
Tiranos e ir embora sem nada acontecer
Entre laço e sogaços
Cordeona, china e alegria
Flor crioula das paisagens
Cai a noite sobre o dia
Cada qual busca seu rancho
Pelos campos e cidades
Só fica as recordações
Pros rodeios da saudade
Narração: me chamaram de grosso
Pra quem chamou vou responder,
Eu sou grosso na verdade tenho orgulho de dizer,
Tenho muito boi gordo na invernada,
Muito whisky pra beber.
Tenho cavalo crioulo pra laçar,
Quarto-de-milha pra correr
Tenho loira de manhã cedo
Morena ao entardecer
E se isso for ser grosso
Quero ser até morrer, segura peãaaao...