Zé Moraes
Abracei minha cordeona resolvi correr o mundo
Ao povo levar alegria
Este é dom que Deus me deu e assim eu vou fazer
Até findar os meus dias
Não nasci em berço de ouro desde os tempos de piazito
Demonstrei força no braço
Nem surgi a peso de dinheiro eu sou um simples gaiteiro
Que canto aquilo que faço
Muito prazer meu irmão com um aperto de mão
Eu quero me apresentar
Trago a estampa de campeiro venho do Sul Brasileiro
Dos fundão do Paraná
Se meu sotaque é diferente é cultura e descendência
E o modismo não me dobra
Do meu jeito eu vivo bem e não faço o que não gosto
Pra dizer que to na moda
Trato bem a todo mundo sou humilde sou parceiro
Tenho personalidade
E tomo meu chimarrão no inverno ou no verão
Pois é a seiva da amizade
Eu venho da minha terra trago o dom de ser gaiteiro
Por cantar vivo feliz
Viva o rodeio crioulo que é a maior e melhor festa
Marca do sul do país
Meu fandango tem cordeona aonde se dança xote
O bugio e o vanerão
Com a prenda agarradinho, aqui pra dançar sozinho
É só na dança do facão
Vila, distrito.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Guariba, primata sul-americano.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.