(Zé Moraes)
Eu já fui um peão sofrido, mas hoje não tô na pior
Um xiru podre de rico partiu desta pra melhor
Deixou uma grande fazenda, campo coberto de gado
Muito dinheiro no banco e uma viúva em bom estado
Deixou cavalo encilhado de ouro e prata a montaria
Uma camionete importada, uma moto pra fazer trilha
Quinhentos e vinte boi', seiscentas e dez terneira'
Uma tropilha de mula e cento e seis vaca' leiteira'
Quatro açudes de peixe, muita ovelha de raça
Um rio com quatro cachoeira' também na fazenda passa
Um pátio de "alvoredo", tem piscina e churrasqueira
Uma casa de quatro água' com área em volta inteira
Fui visitar esta prenda, cinco dias lá fiquei
Me disse, é guapo na lida, por você me apaixonei
Vá buscar o' teus pertences se quer comigo morar
Eu disse, só tenho a cordeona e já vim pronto pra ficar
A lida tá "meia" bruta, mas já me acostumei
Tô gerenciando a fazenda, cantando só pro meu bem
Na sombra dia de sol, na área dia de chuva
Se sofri, eu nem me lembro depois que casei com a viúva
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"
Coletivo de cavalos.
Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).
Vivente forte e destemido.