Letra: anomar danúbio vieira / lucas ramos
quando a manhã se rebolca no serenal do potreiro
clareando o pago fronteiro, cacho atado à canta-galo
se o dia vem de à cavalo, luzindo o aço da espora
já me agarra campo à fora de armada pronta pra um pealo
pelas ondas fogoneiras, arrocinei meu destino
fui assim desde menino, sono escasso e madrugada
e uma amplitude sagrada velando as noites serenas
que refletiam minhas penas do espelho das alvoradas
e uma amplitude sagrada velando as noites serenas
que refletiam minhas penas do espelho das alvoradas
sempre fui madrugador, mateio antes do dia
pois quando o galo anuncia, já ando até de tirador
me acomodo no fiador, d´onde há pata, não refuga
deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim, senhor
sempre fui madrugador, mateio antes do dia
pois quando o galo anuncia, já ando até de tirador
me acomodo no fiador, d´onde há pata, não refuga
deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim, senhor
cheiro de garra e galpão, fogo de chão, yerba buena
e a campeira cantilena da cambona nos tição´
lá fora, rompe o clarão da linda estrela boieira
que trouxe a lua matreira pra se banhar no lagoão
quem salta cedo do catre tem mais um ganho na lida
se ajeita as coisas da vida com calma e tempo de sobra
neste fundão se desdobra, meio bicho, meio gente
pra encarar o sol de frente, tapeando o foia´ de abóbra´
neste fundão se desdobra, meio bicho, meio gente
pra encarar o sol de frente, tapeando o foia´ de abóbra´
sempre fui madrugador, mateio antes do dia
pois quando o galo anuncia, já ando até de tirador
me acomodo no fiador, d´onde há pata, não refuga
deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim, senhor
sempre fui madrugador, mateio antes do dia
pois quando o galo anuncia, já ando até de tirador
me acomodo no fiador, d´onde há pata, não refuga
deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim, senhor