Não mete o cavalo
Porque o perigo tá se criando
Nada é mais ligeiro
Que um touro brabo que está brigando
Sempre andaram juntos
Os dois poleangos emparceirados
Mas, agora, o instinto
Fala mais alto do que o passado
Te arretira' longe, bota os cachorro'
E só fica olhando
Daqui um pouco, um sente
Que pode menos e sai chispando
O cio das novilhas
Acorda a fera dentro do couro
É quando o terneiro de outrora
Sente que já é touro
A morte se acorda
Que, em briga de touro, faz endereço
Quem não sabe a volta
Da lida, às vezes, paga seu preço
A morte se acorda
Que, em briga de touro, faz endereço
Quem não sabe a volta
Da lida, às vezes, paga seu preço
Vão abrindo vergas, rasgando o campo
Com o fio do casco
Logo, a gente sabe qual dos parceiros
É o mais carrasco
O campeiro aceita os seus limites
E fica espiando
Desde piá, aprende
Que não se chega em touro brigando
Quando um touro foge
O vencedor inda' lhe persegue
Sai errando o rumo, buscando o diabo
Que lhe carregue
E leva por diante o que tem à frente
E o que se aproxima
O homem e o cavalo
Que se atravessa e passa por cima
A morte se acorda
Que, em briga de touro, faz endereço
Quem não sabe a volta
Da lida, às vezes, paga seu preço
A morte se acorda
Que, em briga de touro, faz endereço
Quem não sabe a volta
Da lida, às vezes, paga seu preço
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.