Jorge Guedes andou com sua família pelo Rio Grande do Sul, pelo Brasil e pela América Latina, participando de eventos de grande visibilidade midiática, como o Encontro Internacional de Chamameceiros, a Mostra da Arte Missioneira (Posadas-Argentina), Programa do Jô Soares, as comemorações dos 40 anos da morte de Che Guevara na Bolívia, ocasião em que representou o Brasil, arrebatou o público presente com a milonga Porquê Será Che Guevara? (De sua autoria em parceria com João Sampaio) e em inúmeros shows em festivais e em teatros para plateias seletas. Artista comprometido com o chão onde pisa, o tempo em que vive é com uma escola musical surgida com o pioneirismo de Noel Guarany (com quem iniciou fonograficamente e por quem foi apontado como herdeiro e sucessor artístico).
Jorge Guedes juntamente com sua família, vem trilhando uma senda de manutenção e de revitalização de uma memória e de uma identidade guarany missioneira.
Como bem frisou e sintetizou Antonio Augusto Fagundes em texto recente "Jorge Guedes não é mais um missioneiro a cantar sua terra e sua gente. Noel Guarany foi a voz privilegiada, como um sabiá campeiro cantando nas ruínas de São Miguel. Cenair Maicá foi a aguda consciência social e Jayme Caetano Braun foi e sempre será um dos sumo-sacerdotes desse culto. Ele, Jorge Guedes é um pouco de cada um dos seus predecessores. Ele é, ao mesmo tempo, o índio e o gaúcho - até na estampa, ele tem a poesia do Jayme, a voz de sino jesuítico do Noel e a consciência social de Cenair. Não tenho dúvida que ele é, hoje um dos maiores artistas do Rio Grande do Sul. Ele é o passado, mas também o presente. E será, sobretudo,com sua talentosa família, o futuro.
João Sampaio (Estância Querência)


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