A minha história é muito triste minha gente
Em pucos versos conto tudo que se passa
O que é preciso é mostrar unicamente
Que não há nada que eu quera fazer não faça
Aiii Rio Grande, minha bombacha, meu cavalo alazão
Aiii Rio Grande, esta saudade amarga mais que o chimarrão
Fui convidado pra tocar minha acordeona
Numa festança lá pras bandas da fachina
Foi lá então que eu conheci uma certa dona
Juro por deus que era bonita aquela china
Aiii Rio Grande, minha bombacha, meu cavalo alazão
Aiii Rio Grande, esta saudade amarga mais que o chimarrão
Gaúcho velho como eu criado a broto
Que não se enrreda nas maneias do amor
Não sei por que o coração deste matuto
Caiu no piado deste anjo encantador
Aiii Rio Grande, minha bombacha, meu cavalo alazão
Aiii Rio Grande, esta saudade amarga mais que o chimarrão
Lá pelas tantas encilhei meu alazão
De lego em lego eu passo de upa em upa
Enquanto a turma churrasqueava no galpão
Eu levantei aquela china na garupa
Aiii Rio Grande, minha bombacha, meu cavalo alazão
Aiii Rio Grande, esta saudade amarga mais que o chimarrão
E hoje em dia eu vivo uma -----
Lá no meu rancho pras bandas de Vacaria
Já tenho alguém que me prepara o chimarrão
Pela tardinha ao cair da Ave-Maria
Aiii Rio Grande, minha bombacha, meu cavalo alazão
Aiii Rio Grande, esta saudade amarga mais que o chimarrão
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.