Venho da grota
E tô chegando no povoeiro
Com cacoete de campanha
E um linguajar bem campeiro
Cheguei num tranco pra cidade de Esteio
Gente até puro ladrão
E eu prensado no meio
(Calma pessoal, de vez em quando eu dizia
É no balanço da carreta que se ajeita as melancia)
Saí de Esteio e me bandeei pra Viamão
Pra ser cobrador de ônibus
Salário e mais comissão
Na hora do pique foi que vi a coisa preta
Um estouro de boiada e todos pulando a roleta
(Calma pessoal, de vez em quando eu dizia
É no balanço da carreta que se ajeita as melancia)
Em Porto Alegre fui assistir um Grenal
Tava torcendo pro Grêmio
E as vezes pro Internacional
E derrepente uma torcida organizada
Entre soco e ponta pé e quatro costela quebrada
(Calma pessoal, de vez em quando eu dizia
É no balanço da carreta que se ajeita as melancia)
Larguei o batente e resolvi a ser gaiteiro
Cantor e compositor do meu pago hospitaleiro
Cantando verso ganho o pão de cada dia
No balanço da vanera que ajeitei as melancia
Vamos moçada que já tá clareando o dia
É no balçanço da vanera que se ajeita as melancia
Vamos moçada, vamos tentiando as guria
É no balçanço da vanera que se ajeita as melancia
Vamos moçada que já tá clareando o dia
Foi no balçanço da vanera que se ajeita as melancia
Andadura lenta dos eguariços.
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.
Dispersão de tropa em todas as direções.
Lugar em que se nasce, de origem