(Adão Braz/Romário Gaúcho)
Uma mocinha moderna
Com uma corrente na perna
E um brinco no umbigo
Desembarcou no rincão
Toda cheia de razão
Pra tomá um mate comigo
As unhas toda' pintada'
Nos dente' uma ferraiada
Que nem bicheira de guampa
Diz que cansou dos magrinhos
E anda campeando carinho
Com um macho da minha estampa
Foi chegando a piriguete
Jogando fora a chiclete
Me chamando de amor
Pedindo pra ser seu dono
Louca pra campear o sono
No peito de um cantador
Na língua tinha um buraco
Que se eu fosse um índio fraco
Garanto que me assustava
Um ferro de atravessado
Balançando pros dois lado'
Que nem direito falava
Com os zóio tudo tingido
E o cabelo colorido
Parecendo um boitatá
Uma figura nas anca'
Foi se achegando a potranca
Me pedindo pra domá
Foi chegando a piriguete...
Hoje ela tá diferente
Arrancou os ferro' dos dentes
E o brinco do umbigo
Cheia de felicidade
Viro muié de verdade
Depois que ficou comigo
Desistiu de ser fanqueira
Não pensa em ser roqueira
E nem pula carnaval
Só quer saber de vanera
E passar a noite inteira
Nos braços deste bagual
Foi chegando a piriguete...