Já não percebo o mesmo brilho nos teus olhos
Como brilhavam nos enleios da paixão
Eu era sombra pra amansar os teus caminhos
E tu vertente pra inundar meu coração.
As esperanças renasciam num momento
E os sentimentos pareciam não ter fim
Tu te perdias qual criança pelo vento
Depois voltavas a te achar dentro de mim.
Éramos rama, flor e fruto proibidos
Elos perdidos que se uniam sem pensar
Tantos receios e temores esquecidos
Nessa aventura de viver e de sonhar
Hoje o silêncio tomou conta da morada
E as madrugadas se fizeram tão vazias
Teus olhos teimam em buscar novas pegadas
Deixando a vida sem calor e sem poesia
Mas entre as brumas que navegam o passado
Florescem luzes convidando pra lembrar
E entre os retalhos desse amor que repartimos
Um novo brilho vem nascer no teu olhar