Letra/Música: Bonifácio Barros
Bem na frente deste rancho, na sombra desta ramada
Tomei muito mate amargo, já fiz muita sesteada
Tendo a chinoca ao meu lado, mais linda do que uma flor
Eu vivia mui folgado, um peão apaixonado
Todo enredado de amor...
Saudade coisa esquisita, vive a nos rebenquear
Tá certo não vale a pena, mas sempre é bom recordar...estribilho
Chinoca que já foi minha, te foste pra outros pagos
Fiquei tão triste sozinho sentindo falta do afago
Te cambiaste com outro, te foste pra não voltar
Hoje vivo recordando, saudade cabresteando
Cantando pra não chorar...
Rancho velho abandonado, tu sentes a mesma dor
Já não abrigas mais nada, meu velho ninho de amor
Sombra amiga dos meus sonhos, sombra da minha ramada
Hoje venho despedir-me, faço a última sesteada...
Se um dia tu retornares, chinoca que eu sempre quis
Só encontrarás tapera e um coração infeliz
Se tu voltares chorando, implorando meu perdão
Já não terás mais guarida no meu pobre coração...
Vou mateando solito o mate amrgo da vida
Relembrando com saudade aquela prenda querida
Mas tudo que tem início um dia também tem fim
E eu vou matar esta dor buscando outro amor pra mim...
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Habitação abandonada e deserta.
Só e isolado.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.