Letra/Música: Adelar Bertussi
De madrugada no romper do dia
E que o sol nasce iluminando o pampa
A vaca berra chamando o terneiro
E na restinga a passarada canta
Lá na coxilha a perdiz pia forte
E na canhada o gado vai pastando
E eu que admiro a lei da natureza
Faço meus versos mesmo trabalhando...
E o pingo zaino igual ao pensamento
Que eu comprei em lagoa vermelha
E o cachorro companheiro e tanto
Que cuida o gado e também das ovelhas
No meu pescoço lenço colorado
Que eu ganhei de um compadre meu
No coração um patriotismo bárbaro
Maior presente que deus me deu...
E o touro berra dono do rodeio
E o galo canta dono do terreiro
E a porcada solta no pinhão
E na guaiaca um maço de dinheiro
Na minha fazenda eu tenho de tudo
Roças de milho, de feijão e trigo
E na noitinha eu pego na minha gaita
E canto versos para meus amigos...
Minha chinoca que é linda demais
Me ajuda muito e muito me distrai
E a gurizada por ali brincando
E o companheiro que é meu velho pai
Levanta cedo e trabalha muito
Um gaúcho guapo que mora pra fora
Colhendo roça e campereando
Com fé em deus e nossa senhora...
E nos domingos eu vou no rodeio
Violão e gaita em baixo do braço
Barraca armada e muita festança
Pingo encilhado pra ganhar no braço
Companheirada por ali farreando
Tomando um trago e um bom chimarrão
No outro dia volto pro meu rancho
E assim eu honro a nossa tradição...
Vegetação mixta nas margens de vertentes.
Leves ondulações topográficas no terreno.
Vale, baixada entre coxilhas.
Afetivo de cavalo de estimação.
Cinturão de gaúcho, com algibeiras.
Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vivente forte e destemido.