Letra: Jaime Brum Carlos
Música: Daniel Barros
Ultimamente eu ando preocupado
Tá complicado ser gaúcho hoje em dia
O mulherio não quer saber de fimção
E o que importa é só a morfologia
Pegou uma moda das "carça" lá nas "viria"
É muito lindo e ao mesmo tempo um perigo
Umas brusinha sureca e bem degotada
E o que é pior, usam brinco até no umbigo
Não é que eu queira todo mundo de bombacha
Mas ser gaúcho na minha definição
E não ser "fi^esco" e ter amor por esta terra
E andar pilchado na alma e no coração ... estribilho...
A gurizada já não tem mais cerimónia
Pra lá e pra cá e já se atraca que nem louca
É cada abraço que chega saltar os "zoínho"
E cada beijo de trocar o chicle da boca
Me enfeito todo e vou pra boate, um pobre bicho
E o resuhado, sempre me sobra a mais feia
Elas só querem o homem com jeito de veado
Dos "quarto" frouxo e um brinco no "mol" da "oreia"
Por ser gaúcho teatino eu paro pouco
E as gurias me convidam pra "ficar"
É bem capaz minha lindinha aqui eu não fico
Tenho meu rancho e a criação pra reparar
A rapaziada usa umas calças apertadas
Justa nas "porpa" igual fronha num travesseiro
Vão pra pracinha pra passear homem com homem
Num som bem alto e um "gritiriu" estrangeiro
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Pessoa ou animal sem eira e nem beira, mal trapilho, que vive em extrema pobreza; este vocábulo vem dos padres monásticos que faziam voto de pobreza, castidade e obediência
de jeito nenhum, não, de forma alguma.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.