Meu velho pingo já está cansado
Dos velhos tempos de lidar com gado
Aquele pala que foi minha coberta
Hoje só resta num canto guardado
E quando eu olho pra aquele arreio
Vejo meu laço velho arrebentado
Tudo é lembrança de muitas proezas
Deste que agora vive dominado
Quem me domina é uma saudade
Que há muito tempo vem me maltratando
Sei que não posso mais voltar pra lida
E pouco a pouco vou me conformando
Sinto meu corpo já envelhecido
Vejo meu rosto velho enrrugado
Mas não receio de pegar no chifre
De um boi alçado e jogar deitado
Sinto saudades de tropear nos pagos
Pousar na estrada perto de um capão
Ver um churrasco em cima do braseiro
Olhar a cuia andar de mão em mão
Pego no pinho e canto uma toada
Até parece que tudo é um sonho
E este sonho eu lembrarei até morrer
Afetivo de cavalo de estimação.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Comida preferida do gaúcho.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.