Autor: Mauro Moraes
Eu trago emalado em meus versos
Cabeçada, bucal, peiteira, rabicho.
Preparos, trançados, ponteados,
E um toque rasgado de gaita no ouvido...
Encontros de pampa e cavalo
Nas pechadas do tempo, nos invernos de maio.
E um gosto de erva lavada
Nas coplas de mate!
Eu trago tranqueando ao passo
Um poncho pisado, uma dor de a cabresto.
Um zaino-negro tapado
Pingo bem enfrenado, escramuçado de freio...
Quarteadas de charla e silêncio
No campo rimado de uma chamarra campeira...
E a alma batendo na marca
De volta a fronteira!
Eu trago aquerenciado comigo
Uma ponchada de amigos, uma guitarra nos braços...
E uma boinita tapeada,
Regalo do Toro Passo!
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Conversa, palestra.