A bandeira do rio grande
Vem tremulando na frente
Um taura puxa o piquete
Pata aberta, bem montado...
Sombreiro negro tapeado
O olhar mirando lejos
Num retrato gauchesco
O orgulho do nosso estado.
O crioulo malacara
Sabe o peso da forquilha
Pelo de ouro que brilha
Nesta manhã setembrina...
Não sei se é lá da faxina
Do carcáveo ou sarandy
Talvez do upamaroti...
Mas desta pátria sulina!
O povo batendo palmas
Reverencia um campeiro
Fronteiriço brasileiro
Legenda do pago antigo...
Que negaceia o perigo
Na lida de bois e potros
Sem querer ser mais que os outros
Que assim conserva os amigos.
Pelo garbo e o entono
Carrega o sangue farrapo
Descendência de índio guapo
Estampa tradicional...
Que traz o mundo rural
Pra o povo, mesclando ânsias...
O corpo de peão de estância
E a alma de um general!
O pañuelo maragato
Esvoaçando no pescoço
E o gateado que é um colosso
Troteia se abaralhando...
Pala encarnado rimando
Entre o pelego e o basto
Verso com cheiro de pasto
Trazido de contrabando.
Dá gosto ver um gaúcho
E a cada dia me lembro
Noutro vinte de setembro
Mais entonado que um galo...
Hoje a mão que bota o pealo
Levanta o pano sagrado
Um pavilhão desfraldado
E o rio grande de a cavalo!
Um pavilhão desfraldado
E o rio grande de a cavalo!
Vivente que se pode recomendar.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Vila, distrito.
Lugar em que se nasce, de origem
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Soberbo, arrogante.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.