(Eu afirmo o que aqui canto
Porque no más enxerguei
Um poema de a cavalo
Nas tardes que eu encontrei
O farroupilha em seu tempo
Sobre o compasso das patas
Na dança das campereadas
Luzia a rastra prateada
E um pala rubro no ombro
E a velha boina uruguaia)
Melena moura prateada
A boina de um jeito torto
A saudade debruçada
E o jeitão de golpear potro
Um filho das campereadas
Com o sotaque dos ventos
Dom Erni do flete preto
Orelhando a cavalhada
A força de um cavalo templado de natureza
Sua alma com certeza
Mesclada ao seu velho pago
Eu te canto nas guitarras
E o teu cavalo campeiro
Entre primas e bordonas este canto tropilheiro
Aquele preto esteleiro
Um palanque na orelhada
Já nasceu com cacoetes
De amadrinhar gineteadas
Do velho piratini
Ate a pampa argentina
Sempre abraçando distancias
Junto ao idioma das crinas
Quem enxergou dom Erni
No costado de algum potro
Emoldurou dois rio grandes
Um agarrado no outro
Dom Erni do pala rubro
Das tropilhas aporreadas
Aqui fica uma milonga
De bombacha e alpargata
Seguidor Farrapo.
Espécie de cinto (sem algibeiras)
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Cavalo bom e ligeiro, de tiro longo.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho