Falado:
Senhores não levam a mal os versos que eu canto agora
Quem já conhece o ditado eu sei que não ignora
E pra aquele que não conhece eu explico sem demora
É que um gaúcho pilchado
O povo esta acostumado a chamar guasca de fora
Com meu lenço no pescoço bombacha bota e espora
Fui num baile de magrinho num salão em Santa Flora
Quando cheguei o porteiro disse: - Pode ir embora
Voltei no mesmo caminho
Por que em baile de magrinho não entra guasca de fora
Já foi aquele entrevero no salão em santa Flora
O Guasca entrava pra dentro e tiravam o guasca pra fora
A turma já perguntaram de onde é essa caipora
Dei um tapa no porteiro e disse eu entro é agora
Fiquei parado num canto mais ou menos meia hora
As moças todas me olhavam que baita guasca de fora
O guasca entrava pra dentro tiravam o guasca pra fora
E o povo todo gritava olha lá o guasca de fora
As moça gostam de fato é de guasca que namora
Fui dançar com uma magrinha mas a mãe dela se estoura
Prendeu um grito bem alto minha filha vamos embora
O povo está reparando
Por que você está dançando com essa guasca de fora
Quem não gostou dos meus versos não ri não fale não chora
Por que o assunto de guasca ficou declarado agora
Não precisam embravecer estou me arrancando embora
Deixo um abraço por povo
E um dia volto de novo cantando guasca de fora
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vila, distrito.
Tira de couro cru; também designa pênis de gaúcho, ou gaúcho rude e rústico.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)